Bacia de Santos: da inviabilidade de produção aos destaques no pré-sal

Hoje a Bacia de Santos é destaque na produção de petróleo, principalmente no pré-sal. Porém, nem sempre foi assim. Descubra o porquê!

Atualizado em 05/11/2025

Postado em 05/11/2025

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A Bacia de Santos é um tanto quanto diferentona. Tanto que quando começamos os primeiros trabalhos por lá, na década de 70, não conseguimos extrair petróleo. Apenas décadas depois, após a evolução da tecnologia e de nossos investimentos, é que voltamos a perfurar poços na Bacia de Santos. 

E todos os esforços valeram a pena. Completamos 20 anos de produção no local com grandes destaques.

Bacia de Santos: diferentona e única

Você sabia que a Bacia de Santos não fica só em São Paulo? Ela vai de Cabo Frio (RJ) a Florianópolis (SC), se estende por mais de 350 mil quilômetros quadrados. Mas esse tamanho todo não significou muito sem tecnologia avançada. 

A Bacia de Santos foi formada há 130 milhões de anos, quando a África e a América do Sul se separaram. Na mesma época, as Bacias de Campos e Pelotas surgiram. No entanto, a evolução geológica da Bacia de Santos foi bem diferente. Essas diferenças colocaram desafios na produção e exploração de petróleo e, claro, oportunidades. 

Continuamos nossas pesquisas, a desenvolver e aplicar tecnologia até que, há cerca de 20 anos, a produção de petróleo na Bacia de Santos tornou-se possível e imponente.Em 2006, a Petrobras criou uma Unidade para o desenvolvimento da produção desta Bacia, a Unidade da Bacia de Santos. Inicialmente o foco era Gás em Mexilhão. 

A história ganhou um capítulo ainda mais importante anos depois nas águas ultraprofundas da Bacia de Santos quando começamos a extrair petróleo no pré-sal, em 2010.

Pré-sal e muita produtividade na Bacia de Santos

Em 2010, a Unidade da Bacia de Santos foi responsável por iniciar a operação do primeiro sistema definitivo de produção para o pré-sal com o FPSO Cidade de Angra dos Reis. 

A Bacia de Santos é, hoje, a maior produtora de petróleo do pré-sal, é responsável por 54% da extração.

Produção com menor emissão de carbono

A Bacia de Santos, no pré-sal, é o palco principal da aplicação de tecnologias para descarbonização. A maioria das plataformas da Unidade Bacia de Santos, 12 de 17, utiliza tecnologias para descarbonização, os CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage).

Além de tornar a operação mais sustentável com menor emissão de carbono, a aplicação de CCUS aumenta a produtividade dos campos. Esse é o maior programa de captura, uso e armazenamento de CO2 do mundo em volume, mantido por nós.

Mais segurança

Para controlar todas as 17 plataformas de petróleo, no prédio da Petrobras em Santos, temos o COI (Centro de Operações Integradas). O Centro tem atuação 24 horas por dia e garante, com tecnologia e capacidade técnica, uma operação mais segura ao controlar mais de 370 mil variáveis do processo.

O COI acompanha em terra e 24h por dia: 

  • 330 grandes máquinas
  • 274 poços 
  • 3.588 mil km de linhas submarinas

Dessa forma, as equipes offshore podem focar no que é essencialmente de bordo.

Ganha a Bacia de Santos, ganha o Brasil

A Bacia de Santos também é referência em impacto socioambiental positivo, beneficiando a região em que está inserida e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do país. Há uma década, alguns projetos vêm produzindo conhecimento científico essencial e fortalecendo a conservação da vida marinha no Brasil.

Maior monitoramento de praias do mundo

Nós cuidamos das comunidades onde estamos e alguns projetos se estendem para várias regiões do Brasil. O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é o maior do mundo. O monitoramento cobre mais de 1500 quilômetros de costa, vai de Laguna (SC) a Saquarema (RJ). 

O foco são os animais marinhos. Todos que são encontrados passam por avaliação e, caso precisem de atendimento veterinário, só são liberados após reabilitação. Eles também são marcados para possibilitar o acompanhamento do animal. Bichos encontrados mortos passam por necrópsia.

Entre 2015 e 2024, foram monitorados mais de 42.700 pinguins, uma das muitas espécies acompanhadas pelo PMP-BS.

Nesta iniciativa, estão envolvidos órgãos públicos, empresas especializadas e organizações não governamentais. Tratam-se de projetos condicionantes executados em resposta às exigências do IBAMA para a operação no pré-sal.

Outros projetos que protegem a vida nos oceanos

Além do PMP-BS, é da Bacia de Santos, protagonista no pré-sal, outros dois projetos importantes para a proteção da vida nos oceanos. 

Projeto de monitoramento de cetáceos na Bacia de Santos (PMC-BS): o projeto monitora golfinhos, baleias e outros cetáceos por 272.567 km2, estendendo-se de Cabo Frio (RJ) a Florianópolis (SC), incluindo os estados de São Paulo e Paraná. 

A maioria deles, 70%, está na própria Bacia de Santos, habitat principal de cetáceos no Brasil. Nos primeiros 10 anos de projeto, 29 espécies, incluindo algumas em extinção, foram registradas. 

Projeto de Monitoramento da Paisagem Acústica Submarina na Bacia de Santos (PMPAS-BS): monitoramos tanto os sons naturais, como de animais e ondas do mar, quanto de navios e outras atividades humanas. O objetivo é entender como se propagam e de que forma afetam a vida nos oceanos. Os dados são compartilhados com o PMC-BS.

O destaque do destaque: campo de Tupi

A Bacia de Santos é enorme, né? É de se esperar que em sua imensidão temos mais pontos altos, quer dizer, ultraprofundos. O Campo Tupi é o maior campo de produção de petróleo em águas ultraprofundas e fica na Bacia de Santos. 

E como a gente conseguiu colocá-lo neste lugar de destaque tem tudo a ver com nossos esforços e muita tecnologia. Saiba mais sobre o campo de Tupi e se surpreenda!

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